Embora o sistema mundial moderno tenha sido sempre estruturado por um sistema de classes, uma classe capitalista transnacional está hoje a emergir cujo campo de reprodução social é o globo e facilmente ultrapassa as organizações nacionais de trabalhadores, bem como os Estados externamente fracos da periferia e da semiperiferia do sistema mundial. As empresas multinacionais são a principal forma institucional desta classe capitalista transnacional.
Se é certo que o processo de globalização tem proporcionado o aumento do comércio e do investimento directo internacional, também é verdade que os benefícios daí decorrentes não têm chegado a todas as partes do globo. As novas tecnologias, nomeadamente a Internet, têm gerado inúmeras oportunidades para uns, mas continuam inacessíveis nos países menos desenvolvidos. Esta discrepância tem aumentado o fosso entre países ricos e países pobres.
A nova pobreza globalizada não resulta da falta de recursos humanos ou materiais, mas sim do desemprego, da destruição das economias de subsistência e da minimização dos custos salariais à escala mundial.
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